A técnica é conhecida como “nanotransfecção de tecido”, e envolve o contato de um chip à base de nanotecnologia com a pele de um paciente. O chip pode converter uma célula adulta de um tipo para outro, usando uma pequena carga elétrica.
O dispositivo ainda não foi testado em seres humanos, mas a equipe de cientistas pretende testar no próximo ano.
Já há resultados bem sucedidos com ratos e porcos. Por exemplo, em um rato que sofreu ferimentos na perna, dentro de uma semana do uso do chip, vasos sanguíneos ativos haviam reaparecido. Na segunda semana, a perna foi salva. O chip também ajudou ratos com lesão cerebral a se recuperar de um acidente vascular cerebral.
Os cientistas da Universidade Estadual de Ohio destacam que o chip pode ajudar a reparar tecidos danificados ou mesmo restaurar a função de órgãos, vasos sanguíneos e células nervosas envelhecidos. Também pode ser possível desenvolver células cerebrais na pele humana sob a orientação do sistema imunológico de uma pessoa, e essas células poderiam então ser injetadas no cérebro para tratar condições como a doença de Alzheimer e Parkinson.
Os pacientes não precisam ficar com o chip; simplesmente precisam tê-lo ligado à sua pele por alguns segundos para iniciar a reprogramação das células. Um dos autores do estudo, o Dr. Chandan Sen afirma que “este processo leva menos de um segundo e não é invasivo”.
Os resultados da pesquisa já foram publicados na revista Nature Nanotechnology. Confira aqui.
Mais informações sobre o funcionamento da tecnologia no vídeo.
Fontes: Observador.pt/LUSA